– O sentido dessa negociação é o seguinte: se nós não
conseguirmos estabelecer esse perdão da dívida, pelo menos de parte, não
consigo ter relações com eles, tanto do ponto de vista de investimento, de
financiar empresas brasileiras nos países africanos, e também relações
comerciais que envolvam maior valor agregado. O sentido é uma mão dupla:
beneficia o país africano e beneficia o Brasil – afirmou Dilma Rousseff, que participa das
comemorações dos 50 anos da União Africana, na Etiópia.
Os países beneficiados com o perdão ou com formas facilitadas de
quitá-las são: Costa do Marfim, Gabão, Guiné, Guiné Bissau, Mauritânia, São
Tomé e Príncipe, Senegal, Sudão e Zâmbia. Enter os 12 países que terão suas
dívidas perdoadas, os principais beneficiados serão a República do Congo
(Brazzaville), com uma dívida de US$ 352 milhões cancelada, e a Tanzânia, com
US$ 237 milhões, indicou Traumann.
Mais investimentos
Na véspera, o Brasil assinou acordos de cooperação com a Etiópia
nesta sexta-feira e as empresas brasileiras pretendem aumentar os investimentos
no país do Chifre da África que cresce rapidamente, disse um ministro
etíope. O chanceler da Etiópia, Berhane Gebrekristos, afirmou que a
delegação brasileira em visita ao país assinou memorandos de entendimento e
acordos em educação, agricultura, ciência e tecnologia e transporte aéreo.
Gebrekristos disse que as empresas brasileiras estão mostrando interesse nos setores de mineração e infraestrutura da Etiópia. Representantes da estatal Petrobras e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fazem parte da delegação brasileira em Adis-Abeba.
Gebrekristos disse que as empresas brasileiras estão mostrando interesse nos setores de mineração e infraestrutura da Etiópia. Representantes da estatal Petrobras e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fazem parte da delegação brasileira em Adis-Abeba.
– Há um desejo por parte das empresas brasileiras de se
envolverem aqui e o governo brasileiro e nós estamos prontos para informar as
empresas brasileiras a se engajar na Etiópia, já que há uma grande oportunidade
aqui. Em termos de financiamento, há um compromisso político por parte do
governo brasileiro de que vamos trabalhar em projetos específicos no
futuro – disse Gebrekristos a jornalistas em Adis-Abeba, à margem de uma
cúpula da União Africana.
O Brasil lançou uma campanha para expandir seus laços econômicos
com a África, um sinal de como a crise no mundo desenvolvido tem estimulado
economias emergentes a negociar e investir entre si, dizem economistas.
A presidente brasileira Dilma Rousseff, que está na Etiópia para participar do Jubileu de Ouro da União Africana, disse nesta sexta-feira que o Brasil quer uma cooperação que “não seja opressiva” com a África. Ela manteve um encontro bilateral com o primeiro-ministro etíope, Hailemariam Desalegn.
A presidente brasileira Dilma Rousseff, que está na Etiópia para participar do Jubileu de Ouro da União Africana, disse nesta sexta-feira que o Brasil quer uma cooperação que “não seja opressiva” com a África. Ela manteve um encontro bilateral com o primeiro-ministro etíope, Hailemariam Desalegn.
Fonte: Correio do Brasil

Nenhum comentário :
Postar um comentário
Obrigado pelo(s) seu(s) comentário(s)