“Sonhar é preciso. É só acreditar que um dia o
sonho se transforma em realidade”. Este é um dos trechos da mensagem do convite
de formatura de Amanda Amaral Lopes, de 24 anos, a primeira pessoa com Síndrome
de Dowm da Bahia a concluir um curso de nível superior.
Superando preconceitos e com apoio da família,
a jovem venceu mais uma etapa e colará grau na próxima quinta – feira, 23, em
Vitória da Conquista.
Amanda, que será diplomada em Biologia pela
Faculdade de Tecnologia e Ciência (FTC),
Já faz planos para o futuro,” O que quero é
atuar na área de pesquisa cientifica, me especializar em genética”.
Determinada e bastante focada na sua profissão,
a jovem promete alçar vôos mais altos: “ Sonho em trabalhar com Zan Mustacchi”,
revela, referido – se a um dos médicos geneticistas mais reconhecidos no Brasil
e que atende pacientes com down há mais de 30 anos.
Amanda não é a primeira pessoa com síndrome de
Down a concluir um curso de nível superior no país. No ano passado, o paulista
João Vitor, de 26 anos, colou grau no curso de Licenciatura em Educação Física,
em Curitiba, e em 2009 ele concluiu o bacharelado na mesma área. “ Hoje depois
de tanta luta, podemos comemorar e deixar para trás muitos “nãos” e além de
tudo, superarmos o preconceito”, disse a mãe do jovem a secretária Roseli
Mancini.
Preconceito
– Pessoas como Amanda e João Vitor ainda sofremmuitos preconceitos e enfrentam inúmeros
obstáculos no processo de inclusão na
sociedade. Na Bahia, a ser Dowm, trabalha justamente no sentido de promover meios que facilitem o desenvolvimento destas pessoas para a sua inclusão na
sociedade.
Pai da
garota Júlia, de 8 anos, que tem down, o auditor José Raimundo Mota, um dos
diretores da associação, salienta que a sociedade não pode mais enxergar a Síndrome
de Down como uma doença.” O preconceito é histórico. As pessoas com down devem
ser vistas como outras tantas que se vê nas ruas, nos shoppings, nos parques”.
A filha
de Mota, por exemplo, pratica atividades típicas de uma garota da idade dela.
Faz capoeira, natação, balé, além de estudar em uma escola tradicional de
Salvador, “ Tudo isso possibilitou que as pessoas entendessem que ela é uma
criança capaz como as outras. Também não abrimos mão da educação em escola
regular”, conta Amanda a futura bióloga, que também já sofreu e ainda sofre
preconceitos, diz que o importante é nunca desistir de seus objetivos.
"Se você
ouvir não, deve sempre seguir em frente”. É sinal de que outras brilhantes
conquistas ainda estão por vir.
Fonte: Acorda Cidade
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