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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Superando preconceitos com apoio da família - Jovem com Síndrome de Down é a primeira a concluir nível superior na Bahia




Divulgação
  “Sonhar é preciso. É só acreditar que um dia o sonho se transforma em realidade”. Este é um dos trechos da mensagem do convite de formatura de Amanda Amaral Lopes, de 24 anos, a primeira pessoa com Síndrome de Dowm da Bahia a concluir um curso de nível superior.
Superando preconceitos e com apoio da família, a jovem venceu mais uma etapa e colará grau na próxima quinta – feira, 23, em Vitória da Conquista.
    Amanda, que será diplomada em Biologia pela Faculdade de Tecnologia  e Ciência (FTC),
Já faz planos para o futuro,” O que quero é atuar na área de pesquisa cientifica, me especializar em genética”.
      Determinada e bastante focada na sua profissão, a jovem promete alçar vôos mais altos: “ Sonho em trabalhar com Zan Mustacchi”, revela, referido – se a um dos médicos geneticistas mais reconhecidos no Brasil e que atende pacientes com down há mais de 30 anos.
     Amanda não é a primeira pessoa com síndrome de Down a concluir um curso de nível superior no país. No ano passado, o paulista João Vitor, de 26 anos, colou grau no curso de Licenciatura em Educação Física, em Curitiba, e em 2009 ele concluiu o bacharelado na mesma área. “ Hoje depois de tanta luta, podemos comemorar e deixar para trás muitos “nãos” e além de tudo, superarmos o preconceito”, disse a mãe do jovem a secretária Roseli Mancini.
Preconceito – Pessoas como Amanda e João Vitor ainda sofremmuitos preconceitos e enfrentam inúmeros  obstáculos no processo de inclusão na sociedade. Na Bahia, a ser Dowm, trabalha justamente no sentido de promover meios que facilitem o desenvolvimento destas pessoas para a sua inclusão na sociedade.
    Pai da garota Júlia, de 8 anos, que tem down, o auditor José Raimundo Mota, um dos diretores da associação, salienta que a sociedade não pode mais enxergar a Síndrome de Down como uma doença.” O preconceito é histórico. As pessoas com down devem ser vistas como outras tantas que se vê nas ruas, nos shoppings, nos parques”.
    A filha de Mota, por exemplo, pratica atividades típicas de uma garota da idade dela. Faz capoeira, natação, balé, além de estudar em uma escola tradicional de Salvador, “ Tudo isso possibilitou que as pessoas entendessem que ela é uma criança capaz como as outras. Também não abrimos mão da educação em escola regular”, conta Amanda a futura bióloga, que também já sofreu e ainda sofre preconceitos, diz que o importante é nunca desistir de seus objetivos.
  "Se você ouvir não, deve sempre seguir em frente”. É sinal de que outras brilhantes conquistas ainda estão por vir.
    


Fonte: Acorda Cidade

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