Por José Reis
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF)
voltou a defender a criação da carreira nacional do magistério, com direitos e
deveres comuns a todos os professores do país. O senador afirmou que todo
brasileiro tem direito a um ensino de qualidade e que a carreira nacional de professor
ajudaria na solução de problemas como o não cumprimento do piso salarial dos
professores por parte de alguns estados e municípios.
- É nisto que venho insistindo: na ideia de uma
carreira nacional de professor, uma carreira de Estado, em que o professor seja
como o funcionário do Banco do Brasil, da Caixa Econômica, do Ministério
Público, da Justiça, do Senado, da Câmara, de qualquer dos órgãos do Estado
brasileiro – disse.
O senador recordou que a lei que instituiu o
piso salarial para professores teve origem em um projeto de sua autoria e
demandou muita luta. Ele lamentou que estados ricos como Minas Gerais e Rio
Grande do Sul não estejam pagando o piso aos seus professores.
- Por que o professor de uma criança que nasce em um estado
ganha o piso e o professor de um menino que nasce em outro Estado não ganha o
piso? Não são brasileiros os dois? Por que o Brasil nega a alguns brasileiros a
educação e oferece, ainda que ruim, a outros? – indagou.
Cristovam explicou que a
"federalização" da educação ajudaria as prefeituras que não possuem
recursos suficientes para pagar o piso, já que o ônus seria assumido pela
União.
- O federalismo tem que ter um ponto que ninguém possa
contestar: escola igual para todos. Existe um federalismo bom e um ruim. O
federalismo ruim é o que diz: Cada Estado que se vire. O federalismo bom é o
que diz: A escola vai ser igual para todos – afirmou.
Em aparte, os senadores José Agripino (DEM-RN) e Ana Amélia
(PP-RS) elogiaram Cristovam pelo pronunciamento e afirmaram que uma boa
educação é fundamental para a competitividade do país. Para os senadores, o
Brasil será ultrapassado, em termos de competitividade no plano internacional,
se não revolucionar a área da educação.
- O que V. Exª quer, na verdade, é uma coisa que é a obrigação
de quem faz política no Brasil perseguir, que é fazer do Brasil um país
competitivo – disse Agripino.
Tags:Senador Cristovam Buarque
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