Por Luciano Ribeiro
Se depender dos sindicatos dos trabalhadores, a próxima quinta-feira será um dia histórico de mobilização social. Reunidas, no Sindicato dos Comerciários, sete centrais realizaram uma coletiva para mostrar a força do movimento que promete paralisar o Brasil. Seus líderes insistem não se tratar de uma greve geral apenas, mas de um dia de mobilização social e um momento histórico para o movimento sindical.
“Depois de cinco anos tentando unir as diversas linhas ideológicas das diferentes centrais numa única pauta, estamos vivendo o momento em que isso foi possível e será nas ruas que vamos iniciar este novo ciclo de luta”, declarou José Ramos, presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST).
Aurino
Pedreira, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
(CTB), ressaltou que apesar da organização da paralisação ter partido dos
sindicatos, o dia 11 vai representar também a união dos trabalhadores com
outros setores da sociedade. “Lembremos que não é só um movimento das centrais,
mas também dos movimentos sociais e do povo em geral, que, certamente, vão às
ruas para continuar as manifestações ocorridas em todo país”, disse.
Para a Maslowa Freitas, representante da Central Sindical e Popular (CSP Conlutas), que reúne organizações sociais como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), 11 de julho tem outro significado. “Além da união das centrais, a quinta-feira representará também o fim da letargia no movimento sindical, que nos últimos anos tem avançado muito pouco em seus objetivos”, disse.
Entre as categorias que confirmaram a paralisação através de seus sindicatos estavam comerciários, bancários, rodoviários, construção pesada, metalúrgicos, transporte, alimentação, entre outros. Participaram da coletiva a UGT,Força Sindical, CTB, CUT, Nova Central e a Intersindical. Pelo país afora, 14 entidades já confirmaram participação no movimento nestes 11 de julho . Os líderes sindicais prometem usar suas bases para fechar estradas, hospitais, fazer piquetes, tudo dentro da ordem e sem conflitos
As manifestações têm como objetivo chamar a atenção da sociedade sobre a “Pauta Trabalhista”, que inclui o fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho sem perda salarial, reajuste para os aposentados, mudança da equipe econômica e mais investimento para a saúde e educação. Haverá também manifestações em Alagoinhas, Brumado, Caetité, Jequié, Ilhéus, Camaçari, Nazaré, São Roque e Itabuna.
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