Por Luciano Ribeiro
O termo qualidade de
vida engloba a satisfação psicológica, a saúde física e o bem-estar familiar
Qualidade de vida era
um termo usado quase exclusivamente por profissionais de saúde. Agora, todo
mundo se preocupa com isso, de economistas a executivos de publicidade. Para
empresas que desejam atrair funcionários com uma boa formação, ser capaz de oferecer
uma boa qualidade de vida aos funcionários potenciais está se tornando cada vez
mais importante.
À medida que avanços
médicos ajudam a aumentar a longevidade, nosso objetivo mudou da quantidade de
vida para a qualidade de vida. Embora os cientistas possam recorrer a escalas
de pontuação para mensurar a dor ou quantificar limitações físicas, os autores
acreditam que tentar mensurar a qualidade de vida dessa maneira seja ir longe
demais.
O que significa,
afinal?
A qualidade de vida é
um termo subjetivo e multidimensional que engloba características positivas e
negativas da vida. É uma condição dinâmica que reflete os eventos da vida: a
perda de um emprego, uma doença ou algum problema podem mudar a definição de
qualidade de vida de forma rápida e drástica.
Ainda que mensurá-la
seja difícil, a clareza é extremamente importante, especialmente para médicos
que precisam levar a qualidade de vida em conta ao considerar o uso de
intervenções para a manutenção da vida de pacientes gravemente doentes. Sob
essas circunstâncias, criar uma definição distinta é eticamente importante e
não um detalhe subjetivo.
Uma análise de estudos
científicos dos últimos 20 anos mostra que ainda estamos longe de encontrar uma
definição precisa, clara e compartilhada do conceito. Com frequência, os
pesquisadores nem mesmo tentam definir qualidade de vida, utilizando-a apenas
como um indicador.
A qualidade de vida
engloba:
- A satisfação com a
vida, que é subjetiva e pode mudar.
- Fatores
multidimensionais que incluem saúde física, satisfação psicológica,
independência pessoal, bem-estar familiar, educação, crença religiosa, senso de
otimismo, serviços e transporte local, emprego, relacionamentos sociais,
moradia e o ambiente em que se vive.
- Perspectivas
culturais, valores, expectativas pessoais e objetivos em relação ao que se
espera da vida.
- Não apenas a ausência
de uma doença, mas a presença do bem-estar físico, mental e social.
- Nossa interpretação
dos fatos e eventos que ajudam a explicar por que algumas pessoas com
limitações físicas relatam uma qualidade de vida excelente, ao passo que
outras, não.
- Nosso nível de
aceitação da situação atual, bem como nossa capacidade de limitar os
pensamentos e emoções negativas em relação a essa situação.
A subjetividade parece
ser uma parte fundamental de nossa compreensão do significado de qualidade de
vida.No futuro outras variáveis, não apenas as relacionadas à
saúde física, tais como a saúde psicológica e social, devem ser avaliadas .
Informações The New
York Times News Service
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