Por Luciano Ribeiro
Quase um terço dos entrevistados (29%) disse que nunca vê a
defesa de seus interesses na televisão, enquanto que para 55% essa defesa
ocorre de vez em quando. Em relação às mulheres, 17% acha que quase sempre são
tratadas com desrespeito na programação, problema que ocorre eventualmente para
47% dos entrevistados. O tratamento dos nordestinos também recebeu avaliação
semelhante, sendo que foi considerado quase sempre desrespeitoso para 19% e só
às vezes para 44%. Sobre a população negra os percentuais foram de 17% e 49%,
respectivamente.
De acordo com o estudo, a maioria da população (61%) acha que
a TV concede mais espaço para o ponto de vista dos empresários do que dos
trabalhadores (18%). Para 35% dos brasileiros, os meios de comunicação, não só
a televisão, defende principalmente os interesses dos próprios donos. Na
opinião de 32%, a versão que prevalece na mídia é a dos que têm mais dinheiro e
para 21% é o interesse dos políticos que é mais defendido pelos meios. Apenas
8% avaliaram que os meios de comunicação estão prioritariamente ao lado da
maioria da população.
A maioria dos entrevistados (71%) é favorável a que a
programação televisiva tenha mais regras. Para 16%, as regras atuais são
suficientes para disciplinar o conteúdo e 10% disse que é preciso reduzir o
número de normas. Na opinião de 54%, não deveriam ser exibidos conteúdos de
violência ou humilhação de homossexuais ou negros. Para 40% da população, esse
tipo de programação pode ser aceita sob determinadas regras. Percentual
semelhante ao humor que ridicularizam pessoas, 50% são contra a exibição desse
conteúdo e 43% admite desde que normatizado.
Agência Brasil
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