Por Luciano Ribeiro
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira
16, após participar de encontro com líderes empresariais na sede da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), na capital paulista, que a economia
brasileira está razoavelmente bem e que o pessimismo de alguns analistas não
tem fundamento, pois diversos setores estão em rota de crescimento.
“O primeiro semestre cresceu razoavelmente bem e o segundo
poderá continuar na mesma trajetória. Cada setor tem seus problemas, a crise
econômica internacional não foi completamente superada, mas há perspectivas de
melhora para a economia internacional”, disse.
Mantega destacou que a inflação diminuiu o poder aquisitivo
de parte da população no primeiro semestre, mas que já começa a apresentar
sinais de queda. “O aumento do crédito deverá estimular a volta do consumo
varejista, que não foi tão bem no primeiro semestre”.
O ministro falou ainda que o câmbio elevado é um problema
para alguns setores da indústria, enquanto outros não sentem os malefícios.
Mantega reforçou que a taxa de câmbio atual (na média de R$ 2,30) passa por um
momento de volatilidade e que o governo brasileiro aguarda as ações do Federal
Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, para decidir que medidas tomará para
conter a valorização da moeda.
“Não sei se a taxa de câmbio vai permanecer assim. Acredito
que quando o Fed começar a reduzir os juros, o mercado se acalma. Mas tenho
certeza de que a taxa vai cair. Nós [governo] agimos para evitar essa excessiva
volatilidade. Eu espero que o Fed deixe claro o que vai fazer, porque a volatilidade
não é boa para os negócios, nem positiva para a economia”, ressaltou Mantega.
Sobre um possível aumento no preço dos combustíveis, Mantega
não quis se aprofundar, mas lembrou que a Petrobras tem um sistema de ajuste de
preços e de convergência para valores internacionais. “Periodicamente existem
reajustes, que não são anunciados e que só temos conhecimento depois de
acontecerem. O que posso dizer é que nos últimos meses houve uma convergência
em função dos reajustes que foram feitos à gasolina e ao diesel. Houve uma
diminuição da diferença de preço nacional e internacional”.
Agência Brasil
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