Por Luciano Ribeiro
Imortalizado em
monumentos, estátuas gregas e em pichações de banheiros de rodoviárias, o pênis
talvez seja o mais famoso e mais estudado órgão do corpo humano. Se não for, é
certamente o que provoca maior curiosidade e polêmica.
Apesar do seu enorme papel
no imaginário popular, o membro masculino ainda possui alguns segredos prontos
para serem revelados. De anomalias no pênis ao seu tamanho ideal, aqui estão
sete fatos curiosos sobre o órgão sexual masculino.
7. O tamanho médio
O pênis ereto em média
possui cerca de 14 centímetros de comprimento, de acordo com um estudo de 2013
detalhado na revista especializada Journal of Sexual Medicine, que contou com a
participação de 1.661 homens. No entanto, a variedade é o tempero da vida: os
homens pesquisados contavam com membros que variaram de 4 centímetros até 26
centímetros de comprimento.
Porém, como você deve
imaginar (ou conhecer empiricamente), a média dos homens também muda de país
para país. Muitos e muitos estudos já foram feitos sobre esse tema, mas sempre
fica uma certa dúvida se o número autodeclarado é o real ou se a pessoa deu uma
aumentada proposital – pesquisas indicam (sim, há pesquisas até sobre isso) que
o homem tende a mentir de 2 a 4 cm sobre o seu tamanho de verdade. Para mais,
obviamente.
De qualquer forma, esses
estudos apenas reforçam os estereótipos sobre o assunto. Os países
costumeiramente no topo da lista dos maiores pênis são os africanos – o Congo
(média de 18 cm) levou o título na pesquisa confiável da Universidade de
Ulster, no Reino Unido. No outro lado da lista, encontram-se os asiáticos: as
Coréias dividem a lanterna empatadas com 9,6 cm, segundo a universidade
britânica. Para ver um mapa mundi das dimensões globais, clique aqui.
E você sabia que as
dimensões do seu amigão também variam de acordo com a natureza de cada ereção?
Pois é. Voltando ao estudo da Journal of Sexual Medicine, os homens que mediram
seu pênis depois do sexo oral ou do coito apresentaram um tamanho maior do que
quando realizaram a medição com uma ereção ocasionada apenas por pensamento.
E atenção, fumantes!
Outros estudos descobriram que o ato de fumar reduz o fluxo de sangue para o
pênis, o que significa que o tabagismo pode encurtar o pênis médio em até 1
centímetro.
6. O tamanho importa, sim
De novo o tamanho. Quando
se trata de pênis, as dimensões do órgão importam sim – pelo menos para algumas
mulheres. De acordo com um estudo de 2012, também publicado no Journal of
Sexual Medicine, as mulheres mais propensas a ter orgasmos vaginais dizem que é
mais fácil atingir o clímax com homens que têm pênis maiores.
“Embora não esteja claro
exatamente por que isso acontece, um pênis mais longo pode conseguir estimular
melhor a vagina e o colo do útero da parceira”, explica o co-autor do estudo,
Stuart Brody, psicólogo da Universidade do Oeste da Escócia. Em uma pesquisa de
2013 detalhada na revista Proceedings of National Academy of Sciences, os
cientistas relataram que o sonho de consumo das mulheres: o tamanho ideal do
pênis varia com a altura de um homem e um órgão maior fica melhor em homens
mais altos. Nenhuma das duas pesquisas mencionadas acima incluiu a opinião de
homens gays.
5. Anomalias penianas
Acontece muito raramente,
mas um homem pode nascer com dois pênis, uma condição que afeta um em cada 5 ou
6 milhões de homens e é conhecida como difalia. Infelizmente, esta condição não
significa o dobro de diversão: raras vezes ambos os órgãos são totalmente
funcionais, e a condição vem muitas vezes juntamente com outras anomalias na
área genital que necessitam de cirurgia e correção.
Homens podem sofrer também
com outra condição, chamada priapismo, na qual o pênis mantém uma ereção
persistente que não cessa mesmo após um longo período sem excitação.
Normalmente, a causa é uma falha do sangue em retornar do pênis para o resto do
corpo, embora a situação também seja encontrada ocasionalmente em pacientes com
anemia falciforme ou leucemia. A situação é geralmente uma emergência médica
que requer uma injeção de pseudoepinefrina (pseudoadrenalina) para que haja a contração
da musculatura lisa do pênis.
4. Relíquias antigas
O pênis pode ter sido
muito mais assustador no passado evolutivo dos seres humanos. Em um ponto no
tempo, o pênis masculino possuía espinhos, mas nossos ancestrais humanos
perderam as estruturas espinhosas antes que os neandertais e os humanos
modernos se divergissem, cerca de 700 mil anos atrás, de acordo com um estudo
de 2010 publicado na revista Nature.
Os cientistas não têm
muita certeza quanto à função desses espinhos, mas alguns acreditam que isso
permitia que os humanos da época “dessem uma rapidinha”, já que os espinhos
poderiam criar uma ereção rapidamente. Além disso, essas estruturas são mais
comuns em espécies promíscuas, como gatos (sim, seu bichano possui espinhos
bastante aterrorizantes em seu pênis).
Outra relíquia dos tempos
passados é o osso peniano, ou báculo. Embora a maioria dos macacos possuam um
osso para manter seu membro ereto, os machos humanos o perderam em algum
momento na evolução e agora contam com a pressão arterial para alcançar a
rigidez.
Em outros animais, o osso
do pênis fica dentro do corpo e é empurrado para fora quando necessário, dando
ao pênis uma ereção instantânea e confiável. Ainda é um mistério por que os
machos humanos perderam essa característica, mas no livro “O Gene Egoísta”
(lançado pela Universidade de Oxford, Reino Unido, em 2006), o biólogo Richard
Dawkins propõe que o pênis sem osso tenha sido selecionado, pois permite que as
mulheres avaliem melhor a saúde dos potenciais parceiros: aqueles que não
conseguem ter uma boa ereção provavelmente têm uma má circulação sanguínea.
3. Ação noturna
Independente se o homem é
celibatário ou não durante o dia, todos os pênis continuam funcionando à noite.
A maioria dos homens têm de três a 5 ereções por noite durante a fase do sono
conhecida como movimento rápido dos olhos (REM, na sigla em inglês).
Esse padrão independe se
eles estão sonhando com a vovó ou com a Bruna Marquezine.
Essa ação noturna
aparentemente mantém o membro masculino em forma – pênis que não têm ereções
regulares correm o risco de perder a sua elasticidade e acabar encolhendo. Uma
vez que este é um processo fisiológico tão básico, muitos médicos perguntam se
o homem tem tido essas ereções noturnas para determinar a causa de sua
disfunção erétil.
2. Verdades sobre o
prepúcio
O prepúcio é a polêmica
membrana mucosa, de duas camadas e retrátil, que cobre a extremidade do pênis
(a glande). Quando os bebês nascem, o tecido do prepúcio é fundido à glande do
pênis. No útero, o prepúcio se desenvolve a partir do mesmo tecido da pele que
protege o clitóris.
A superfície interior do
prepúcio é composta por membranas mucosas similares àquelas encontradas no
interior da pálpebra ou na boca, proporcionando assim um local úmido. Alguns
estudos apontam que esse ambiente poderia ser responsável pelo aumento da taxa
de transmissão de DST associados a homens não circuncidados.
O prepúcio também tem uma
abundância de células de Langerhans, células do sistema imunológico infiltradas
pelo HIV. Isso pode explicar por que os homens circuncidados na África
apresentam uma taxa 60% menor de infecção do HIV em relações sexuais
heterossexuais.
A Academia Americana de
Pediatria não endossa nem desencoraja a circuncisão, apenas ressalta que a
operação traz tanto riscos quanto benefícios. Muito se fala que a circuncisão é
cruel para o bebê e existem estudos que sugerem que os homens circuncidados
experimentam prazer sexual em menor escala. Muitos médicos, no entanto, são
céticos em relação a esta pesquisa, pois a metodologia pode ter problemática ou
tendenciosa.
De qualquer forma, é a
cirurgia mais frequentemente realizada no sexo masculino. Nos Estados Unidos,
64% dos meninos nascidos no ano de 1995 foram circuncidados. Esse índice cai
para 48% no Canadá e para 24% na Grã-Bretanha. No Brasil, a prática é bem menos
comum.
De acordo com dados da
Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% dos homens no mundo são
circuncidados (algo em torno de 665 milhões de pessoas), a maioria por motivos
religiosos. 68% deles são muçulmanos. Clique aqui para conferir o interessante
mapa mundi com a porcentagem na população masculina sem prepúcio no planeta.
1. Você é um “grower” ou
um “shower”?
Nos países de língua
inglesa, eles possuem uma espécie de ditado, Segundo eles, os homens – ou
melhor, seus pênis – são divididos em “grower” (literalmente, “que cresce”) ou
“shower” (“que mostra” ou “exibido”).
Enquanto o shower é um
pênis longo quando flácido, entre 8 e 11 cm. Quem é grower tem o pênis pequeno
quando mole, de 3 a 6 cm. A diferença, no entanto, é na hora do vamos ver. O
shower, durante a ereção, ganha apenas poucos centímetros, algo como 3 ou 4 cm
extras. Porém, o grower se engrandece e chega a triplicar o próprio tamanho.
Cientificamente, não há
maneira de prever o tamanho do pênis ereto de um homem quando ele está flácido,
de acordo com um artigo de 1996 da revista Journal of Urology. No entanto, um
pênis esticado é um bom indicador de qual será o seu tamanho final quando
ereto. A informação é de um estudo do ano 2000, divulgado junto com a Pesquisa
Internacional de Impotência.
mundodse
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