Surfando Com a Notícia
Dois estudantes, Daniel Rodrigues Thomazelli e Sandy Maria Alves
Nunes, além do Movimento Mães da Cinelândia, venceram a segunda edição
do Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos, promovido pela
Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj).
A cerimônia de entrega do prêmio, hoje (8), teve apresentações
especiais dos jovens da Orquestra Maré do Amanhã, um projeto social
desenvolvido no Complexo da Maré, subúrbio do Rio; do Afrolata, um dos
grupos de percussão do AfroReggae; do grupo Mangueira do Amanhã, um dos
projetos que compõem o Programa Social da Escola de Samba Estação
Primeira de Mangueira; e da Escola de Dança Maria Olenewa.
Criado em 2012, pela Amaerj, com o apoio do Tribunal de Justiça do
Estado do Rio de Janeiro, o prêmio homenageia a magistrada da 4ª Vara
Criminal de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, assassinada
quando chegava em casa em Piratininga, Niterói, em 11 de agosto de 2011,
depois de deixar o fórum e ser seguida até a porta de seu condomínio,
quando foi executada com 21 tiros.
De acordo com as investigações, o crime foi cometido por policiais
militares insatisfeitos com a atuação da juíza em relação a um grupo de
agentes que atuava na cidade de São Gonçalo, praticando homicídios e
extorsões. No total, 11 policiais são acusados de envolvimento,
incluindo o então comandante do 7º Batalhão de Polícia Militar, com sede
em São Gonçalo, tenente-coronel Cláudio Luiz Silva.
O Terceiro Tribunal do Júri de Niterói condenou, em 4 de dezembro de
2012, o cabo Sérgio Costa Júnior a 21 anos de reclusão, em regime
inicialmente fechado. Ele foi considerado culpado pela prática de
homicídio triplamente qualificado - torpeza, assegurar a impunidade de
outros crimes e emboscada - e por formação de quadrilha. O policial foi
beneficiado com redução de pena, por ter feito acordo de delação
premiada.
No dia 30 de janeiro de 2013, o Tribunal do Júri condenou três
policiais militares pela morte da juíza: Jefferson de Araújo Miranda
recebeu pena de 26 anos de reclusão; Jovanis Falcão Júnior, de 25 anos e
seis meses de reclusão; e Junior Cezar de Medeiros, de 22 anos e seis
meses de reclusão.
Em 16 de abril, o tribunal condenou o policial militar Carlos Adílio
Maciel Santos à pena de 15 anos de reclusão por homicídio triplamente
qualificado e a quatro anos e seis meses pelo crime de quadrilha armada.
Os outros aguardam julgamento presos.
O Prêmio Juíza Patrícia Acioli prioriza as causas humanitárias e tem
o propósito de demonstrar a necessidade de um trabalho preventivo de
segurança dos magistrados. Este ano, a premiação contou com três
categorias: Redação do Ensino Fundamental, Trabalhos Acadêmicos e
Práticas Humanísticas. Os três melhores trabalhos de cada categoria
foram premiados. Além disso, todos os concorrentes receberam certificado
de participação e será concedida menção honrosa aos que se destacaram.(Agência Brasil)
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