Por Stella Rios
O Papa Francisco nomeou neste sábado (22) os primeiros oito membros da Comissão de Proteção às Crianças, órgão instituído por ele para combater a pedofilia. O grupo é formado por quatro homens e quatro mulheres, incluindo o cardeal norte-americano Sean O'Malley e uma vítima de abusos, a irlandesa Marie Collins.
Marie Collins foi vítima de abuso na Irlanda nos anos 60 e integra agora o grupo de peritos criado pelo Vaticano para atacar o problema dos abusos dentro da Igreja Católica.
Também fazem parte dessa formação inicial, que deve ser aumentada, a francesa Catherine Bonnet, especialista em psicologia e psiquiatria; a inglesa Sheila Hollins, professora de psiquiatria; o jurista italiano Claudio Papale; a ex-primeira-ministra da Polônia Hanna Suchocka; o jesuíta argentino Humberto Miguel Yáñez; e o jesuíta alemão Hans Zollner, decano da faculdade de psicologia da Universidade Gregoriana.
"O dever principal dessas pessoas será preparar o estatuto da comissão, onde estarão definidas suas funções e competências. Esse grupo ainda será integrado por outros membros, de várias partes do mundo", diz um comunicado divulgado pela Santa Sé.
A comissão terá o dever de informar a situação das crianças que sofreram abuso, sugerir medidas para serem adotadas e propor nomes de pessoas adequadas para a implantação sistemática destas novas iniciativas, incluindo laicos, religiosos e religiosas que tenham experiência no contato com as vítimas e na aplicação de leis que protejam os menores de idade.
O grupo também deve instituir protocolos de segurança, códigos de conduta, o controle de antecedentes criminais e avaliações psiquiátricas para o ministério sacerdotal, além de colaborar com as autoridades civis para a identificação de possíveis crimes.
Recentemente, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório em que acusa a Santa Sé de permitir o abuso sexual de milhares de crianças e de ser conivente com os responsáveis.
Jornal do Brasil
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