Surfando Com a Notícia
Por Luciano Ribeiro
Como classe, somos os seres humanos mais fracos que já andaram no planeta. De acordo com uma nova pesquisa da Universidade de Cambridge (Reino Unido), a tecnologia pode ser a responsável por nos tornar mais lentos e fracos que todos os nossos antepassados.
Muitos aborígines australianos pré-históricos poderiam ultrapassar o recordista mundial Usain Bolt, nas condições atuais. Alguns tutsis, povo da Ruanda, já superaram o recorde mundial de salto em altura de 2,45 metros durante cerimônias de iniciação nas quais eles tinham que saltar pelo menos a sua própria altura para avançar para a idade adulta. Qualquer mulher Neandertal poderia ter ganhado uma queda de braço contra Arnold Schwarzenegger.
Por que somos tão fracos?
Segundo a pesquisadora Alison Macintosh, a evolução provocou mudanças na divisão do trabalho e na organização socioeconômica. Conforme homens e mulheres começaram a se especializar em determinadas tarefas e atividades, como o trabalho com metal e cerâmica, a produção agrícola e a criação de gado, isso afetou a mobilidade e força dos humanos modernos.
Perda explicável
De acordo com o Macintosh, os ossos são extremamente plásticos e respondem com uma rapidez surpreendente a mudanças.
Quando estão sob estresse, como longas caminhadas ou corridas, os ossos se tornam mais fortes, e fibras são adicionadas ou redistribuídas onde são mais precisas.
Macintosh afirma que, na Europa Central, a tecnologia e o aumento da especialização teve um grande impacto na nossa força nas pernas. “À medida que mais e mais pessoas começaram a fazer uma ampla variedade de atividades, menos pessoas precisaram ser altamente móveis, e com a inovação tecnológica, as tarefas fisicamente extenuantes foram provavelmente facilitadas”, disse. “O resultado global é uma redução na mobilidade da população como um todo, acompanhada por uma redução na força dos ossos dos membros inferiores”.hypescience
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