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terça-feira, 15 de julho de 2014

Igreja Anglicana da Inglaterra Permite que Mulheres se Tornem Bispas

Por Stella Rios


Na Grã-Bretanha, a Igreja Anglicana, que reúne o maior número de cristãos no país, aprovou uma mudança nas regras permitindo que mulheres se tornem bispas.  A decisão rompe com uma tradição de mais de dois mil anos dentro do Cristianismo, que é de ter apenas homens nessa posição de liderança e autoridade.
A votação foi conduzida pelo sínodo geral anglicano, uma assembleia formada por clérigos, bispos e leigos. A legislação precisava da aprovação de pelo menos dois terços da casa e acabou ganhando 351 votos a favor, 72 contra e dez abstenções. Ela ainda precisa ser aprovada pelas duas casas do Parlamento e ratificada pela rainha Elizabeth 2ª, que tem o papel de chefe da Igreja. Analistas acreditam que o país poderá ter sua primeira mulher bispa já em 2015.


Avanço histórico
A aprovação foi recebida por analistas e por autoridades dentro e fora da Igreja Anglicana como “histórica”. Entre os que elogiaram a decisão estão o Arcebispo da Cantuária, líder da Igreja, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron.
Alguns analistas disseram que a permissão para fazer com que mulheres possam ser bispas vai provocar uma grande mudança não só dentro da estrutura da Igreja, mas também em toda a sociedade britânica, ao aceitar que as mulheres são iguais aos homens também como autoridades espirituais.
Decisão é fruto de décadas de debate
Foram décadas e décadas de debate em torno do assunto até se chegar à decisão desta segunda-feira. A Igreja Anglicana, fundada pelo rei Henrique 8° no século 16 depois que ele rompeu com a Igreja Católica, é até hoje a religião oficial da Grã-Bretanha, e reúne cerca de 26 milhões de fieis. Ou seja, mais de 40% da população, o que faz desse o maior grupo cristão da Grã-Bretanha.Na Grã-Bretanha, a Igreja Anglicana, que reúne o maior número de cristãos no país, aprovou nesta segunda-feira (14) uma mudança nas regras permitindo que mulheres se tornem bispas.  A decisão rompe com uma tradição de mais de dois mil anos dentro do Cristianismo, que é de ter apenas homens nessa posição de liderança e autoridade.
A Igreja Anglicana é parte central em várias cerimônias da realeza e do Estado. Já faz pouco mais de vinte anos que os anglicanos decidiram permitir que as mulheres se tornassem sacerdotes. Então, o passo para ordenar mulheres como bispas parecia ser um caminho natural, senão inevitável. Tanto que outros países que também praticam a religião já permitem isso, como é o caso dos Estados Unidos, do Canadá e da Austrália. No entanto, em 2012 o sínodo geral não conseguiu a maioria necessária para aprovar a legislação – perdeu por apenas seis votos.
Concessões
Para conseguir a aprovação, foram feitas algumas concessões aos grupos que eram contrários à ordenação de mulheres. A principal delas é permitir que membros de uma determinada paróquia possam solicitar um padre ou um bispo homem se assim desejarem, em vez de terem uma mulher apontada para essas funções.
A maioria dos anglicanos contrários à ordenação de mulheres alega se tratar de algo que desrespeita os preceitos da religião e os ensinamentos da Bíblia. Por isso, alguns analistas acreditam que as divisões dentro da Igreja Anglicana britânica devem se acentuar à medida em que muitos fieis se ressentirem do fato de serem liderados por mulheres. Eles também não aceitam a ideia de que essas novas bispas poderão ordenar sacerdotes homens. Além disso, muitos anglicanos acreditam que a decisão de favorecer a igualdade de gêneros vai também distanciá-los da Igreja Católica Romana, que tem defendido a manutenção da hierarquia masculina.

Linha Direta

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