É difícil dizer, com precisão, o tamanho do patrimônio
acumulado após séculos de catolicismo. A cidade-estado localizada em Roma goza
de várias isenções fiscais e não precisa tornar sua contabilidade pública, como
uma empresa comum. Além disso, o Vaticano abriga dezenas de obras de arte de
valor imensurável. Mas há indícios concretos (desde terrenos e investimentos
até objetos pessoais) que permitem estimar ao menos parte da riqueza papal.
Papa-tudo
Patrimônio inclui imóveis, ações e obras de arte.
Um apê de responsa
Com piso de mármore do século 16 e cerca de dez salas
grandes, o luxuoso apartamento que serve de moradia ao papa tem aproximadamente
230 m2, segundo estimativas. Não se sabe o valor do metro quadrado no Vaticano,
mas, em Roma (onde a cidade-estado está localizada), ele pode chegar a até R$
17 mil. Ou seja: o cafofo do pontífice valeria cerca de R$ 4 milhões.
Banco imobiliário
A Igreja tem milhares de terrenos no mundo - muitos deles
para uso de paróquias, escolas e hospitais. Estima-se que cerca de 700 são
alugados para fins comerciais. A maioria, na Itália, no Reino Unido, na França
e na Suíça. Um desses imóveis serve de instalação para a joalheria Bvlgari, na
New Bond Street - rua chique de Londres cujo aluguel gira em torno de US$ 9 mil
por m2!
Cofrinho? Cofrão!
O Banco do Vaticano foi criado em 1942 para administrar os
gastos da cidade-estado e as doações vindas do mundo todo. Chamado oficialmente
de Instituto per le Opere di Religione, ele é um banco de investimentos. Quem
aplica nele ajuda a manter, por exemplo, mais de 100 mil hospitais católicos ao
redor do mundo. Estima-se que o banco guarde cerca de US$ 3,2 bilhões.
Ilustra de peso
Além de obras de arte, a cidade-estado também abriga um
arquivo com mais de 150 mil documentos históricos, situado em dois bunkers 6 m
abaixo do solo. Lá, há uma rara edição da Divina Comédia, clássico escrito por
Dante Alighieri no século 14, ilustrada por Sandro Botticelli. Só para ter uma
ideia, obras desse pintor renascentista já foram avaliadas em até ¿ 20 milhões.
Ações em alta
O Vaticano também é dono de uma carteira de investimentos na
casa dos US$ 4 bilhões. Ela inclui ações de várias empresas italianas, como
Fiat e Alfa Romeo. Foram doadas à instituição na época do Tratado de Latrão, um
acordo de 1929 que formalizou a cidade do Vaticano como um Estado soberano,
independente da Itália.
Tesouros da humanidade
O Vaticano detém obras cujo valor é inestimável, porque
sequer é cogitado vendê-las. É o caso do quadro São Jerônimo, de Leonardo da
Vinci, na Basílica de São Pedro. Sabe-se que a Mona Lisa, também de Da Vinci,
foi avaliada em cerca de US$ 100 milhões. Não é exagero imaginar que o afresco
de Michelangelo no teto da Capela Sistina, por exemplo, também chegaria a esse
valor.
Que luxo de acessório!
Alguns objetos pessoais do papa, como o anel e o cajado, são
produzidos com metais e pedras preciosas. Também já houve tiaras papais (um
tipo de coroa, não mais usada hoje em dia). Muitas foram presentes de chefes de
Estado. Três feitas de ouro são exibidas em museus do Vaticano. A maior leva 9
kg do material, o que a faria custar R$ 900 mil. E sem contar as pedras preciosas!
Por volta do século 7, a Igreja Católica já era a maior
proprietária de terras do mundo.
A Igreja recebe dízimos, laudêmios, pedágios e outros
impostos sobre terras consideradas suas por todo o planeta.
Há ainda outras 20 tiaras papais guardadas, a maioria feita
de prata.
O trono papal é um mistério. Alguns historiadores alegam que
é de madeira coberta com bronze dourado; outros, que é de ouro puro.
Fontes Levantamento do Global Property Guide, ranking global da consultoria Cushman Wakefield, The Guardian e BBC.
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Obrigado pelo(s) seu(s) comentário(s)