Com um pouco de sangue,
cães e gatos também podem salvar a vida de seus companheiros de espécie. A
doação é rápida, indolor e passa por rígidos critérios de controle de doenças
por meio de hemograma completo. Além disso, o procedimento não causa prejuízo ao
animal, que pode voltar para casa poucas horas depois da coleta. Porém, a
tímida divulgação faz com que a oferta de doadores ainda seja reduzida, e os
estoques, baixos. O resultado disso é um alto número de falecimentos em
decorrência da falta de hemocomponentes, segundo afirmam especialistas.
]Para saber se o seu
animal está apto a contribuir, ele é submetido a uma bateria de exames. Uma
pequena amostra sanguínea é colhida e, a partir dela, são avaliados os níveis
de hemácias, glóbulos brancos e plaquetas. Nessa etapa, se o veterinário achar
conveniente, pode realizar a tipagem sanguínea. É avaliado ainda o plasma, onde
estão, entre outros elementos, as proteínas e as vitaminas. A procura por
verminoses e outras enfermidades é feita de forma bastante atenta, para que um
gesto como doar não se torne um transtorno. Os resultados do checape geral saem
no mesmo dia e, se não for identificada nenhuma alteração, o bichinho pode
cumprir a missão tranquilamente.
Para a coleta não há
segredos: uma agulha de calibre 23, a mesma para a doação em humanos, é
colocada na veia jugular do animal, no pescoço. A quantidade retirada varia
conforme o peso, a espécie e a finalidade da bolsa que será preenchida (veja
Doação segura). Isso porque, a partir do sangue concentrado, é possível
selecionar os componentes necessários ao receptor, conforme explica o
veterinário Plínio Rossi. “Com o concentrado, podemos manipular o sangue e
escolher o que melhor se encaixa ao perfil do paciente”, disse. Um doente renal
crônico, por exemplo, pode precisar de anticorpos específicos, que serão
selecionados a partir do material bruto.
Fonte:correiobrasiliense
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