Por Luciano Ribeiro
Cada vez mais isolado
na tentativa de ressuscitar a proposta da presidente Dilma Rousseff de realizar
um plebiscito sobre reforma política ainda em 2013, o PT apresentou aos raros
aliados com os quais ainda negocia uma sugestão de perguntas camuflando bandeiras
como financiamento público e voto em lista fechada. Mas a iniciativa foi
rechaçada de imediato por PC do B, PDT e PSB. Sem ter o que fazer, os petistas
então criaram uma nova versão, incluindo apenas temas, repetindo a tática do
Executivo quando mandou ao Congresso a proposta de plebiscito. E novamente
ouviu um não. A proposta original do PT tinha já na primeira pergunta uma
inversão da lógica de discussão sobre o uso de dinheiro público para bancar
campanhas. O PT propôs: “Você concorda que empresas façam doações para
campanhas eleitorais?” Aliados reagiram vendo na sugestão uma tentativa de
induzir o eleitor ao financiamento público sem que haja um debate efetivo. A
forma como o PT propunha o debate sobre sistema de votação para deputados e
vereadores também ocultava a intenção original. A ideia era perguntar ao
eleitor qual sistema ele prefere entre “proporcional”, “distrital”, “misto” ou
“majoritário”. A lista fechada, defendida pelo PT, aconteceria dentro do
sistema proporcional, mas neste mesmo modelo pode ser feita a lista aberta,
como é o sistema atual.
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