Por Luciano Ribeiro
As crianças que são
amamentadas podem ser mais susceptíveis de atingir uma classe social mais
elevada do que os seus pais, sugere um novo estudo.
Pesquisadores
analisaram cerca de 34 mil pessoas no Reino Unido, nascidas em 1958 ou em 1970,
e compararam a sua classe social, à idade de 33 ou 34 com a dos seus pais
quando eram crianças.
Entre os participantes
do estudo, aqueles que tinham sido amamentados eram mais propensos a ter subido
na hierarquia social na idade adulta, o que os pesquisadores definiram como ter
um emprego de status social mais elevado do que os seus pais.
O estudo revelou que a
amamentação aumentou a chance de se mover para cima socialmente em 24%, sendo
que também reduziu a chance de se cair na hierarquia em 20%.
Os resultados sugerem
que a amamentação melhora o desenvolvimento neurológico das crianças,
resultando em melhores habilidades cognitivas, que por sua vez ajudam no seu
movimento ascendente na sociedade, disseram os pesquisadores.
As crianças amamentadas
no estudo também tiveram menos sinais de stress emocional, o que pode ter
contribuído para o seu sucesso mais tarde na vida, de acordo com o estudo
publicado a 24 de junho na revista Archives of Disease in Childhood.
Estudos anteriores
sugeriram que os nutrientes do leite materno melhoram o desenvolvimento
cognitivo. Da mesma forma, o contacto pele-a-pele entre mãe e filho tem sido
associado a maior vínculo mãe-filho e à redução do stress.
Há evidência de que
alguns componentes do leite materno, tais como ácidos gordos poli-insaturados
de cadeia longa, são essenciais para o desenvolvimento neurológico da criança.
O estudo também constatou que menos filhos foram amamentados em 1970 do que em
1958. Mais de dois terços das crianças nascidas em 1958 foram amamentadas, em
comparação com um terço em 1970.
Os resultados sugerem
que pode haver benefícios sociais ao longo da vida ao amamentar. Tais
benefícios podem ser ainda maiores para as crianças mais vulneráveis que
nascem prematuras ou com baixo peso no nascimento.
Fonte: cienciaonline
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