Redação: Surfando com a Notícia
Prof: Luciano Ribeiro
O
Brasil se tornou um país inapto para lidar com a desigualdade e a violência que
assolam seus jovens. Na periferia, o Estado só chega pela mão da policia, pois
é um “sistema” da falta das políticas públicas.
O
nosso país possui cerca de 50 milhões de habitantes entre 15 e 29 anos: (IBGE),
faixa etária considerada “jovem” pelas políticas oficiais. Porém, as mesmas
parecem não alcançar a maioria deles. As favelas das grandes cidades são
habitadas por cerca de dois milhões de jovens; (IBGE) e que em sua grande
maioria são negros que “sobrevivem” com renda de até meio salário mínimo, ou
seja, a pobreza é o maior obstáculo, á frente do desemprego.
Esta
situação, explica o porque da maioria dos jovens entre 17 e 19 anos estarem
fora da escola e sem ter completado o ensino fundamental. Pobres e sem
perspectiva, eles têm de trabalhar e quando conseguem ocupação é geralmente
precária e em sua maioria não tem carteira assinada, além de ganhar menos de um
salário mínimo. Contudo, a sociedade
convive com uma parcela ainda pior, são os que não trabalham e nem estudam. E
estes, são os mais vulneráveis para o recrutamento pelo tráfico, pois são os
que elevam os índices dos que mais matam e morrem no mundo do crime.
Contudo,
o problema dos jovens no Brasil não está apenas em zonas periféricas dos
grandes centros, pois os jovens do campo também vivem em condições de vida
precárias e dificuldade de acesso a equipamentos públicos. Alem disso, o nível
de escolaridade para estes é inferior á média nacional e o analfabetismo é
quatro vezes maior em relação ás áreas urbana.
No
campo e na cidade, os jovens carecem de apoio distinto e infelizmente isso
ainda não é realidade, pois o país da próxima copa do mundo de futebol e das
olimpíadas não está oferecendo possibilidades para os jovens aproveitarem o
crescimento econômico e, consequentemente, a diminuição da desigualdade.
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