Por Luciano Ribeiro
Passados dez anos da criação do Bolsa Família, o programa alcançou avanços indiscutíveis e deve ser mantido como política de Estado e não de um governo ou partido. A avaliação é da ministra Tereza Campello, à frente do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que fala em estudos científicos sobre o impacto do programa no País.
“Não estamos mais discutindo o Bolsa Família do ponto de vista conceitual. Não é mais quem é a favor e quem é contra. Temos estatísticas sobre o impacto na mortalidade infantil, no desempenho escolar entre as crianças, no empoderamento das mulheres, na organização dessas famílias, na manutenção dessas famílias no campo”, disse em entrevista a ministraTereza Campello. “Acho difícil alguém hoje defender acabar com o Bolsa Família.”
Passada a polêmica em torno dos boatos sobre o fim do Bolsa Família, Campello explica que o episódio serviu para o MDS tomar medidas novas, como o monitoramento de saques, feito a cada meia hora pelo próprio sistema da Caixa Econômica. “Qualquer modificação, a gente passa a ter um alerta”, explica. “Esse episódio foi identificado e ele não se repetirá. Inclusive, estamos tomando um conjunto de medidas.”
Faltando pouco mais de um ano para terminar o mandato, a ministra diz que a pasta alcançou todas as metas propostas, com exceção de uma fundamental para diminuir o abismo entre cidade e campo: a produção agrícola no semiárido. “Estamos distribuindo semente, fazendo qualificação profissional e com nossas metas de ofertas de serviço todas em dia. Mas sem a chuva não conseguimos produzir. Por isso a nossa torcida para chover, pois gostaríamos de mostrar que é possível conviver com o semiárido e a população pobre do nordeste mudar de vida.”
Carta Capital
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