Por Luciano Ribeiro
Atenção: este texto
está recheado de informações que podem causar indigestão a quem luta contra a
balança. Resumindo: ou você nasce "magro de ruim" ou, sinto muito,
vai ter que malhar e fechar a boca para ficar com o peso ideal.
São diferenças no
metabolismo que fazem com que algumas pessoas queimem mais calorias do que a
média para manter o corpo funcionando, ou depositem menos gordura no tecido
adiposo. "Assim como os carros enchem o tanque com gasolina ou álcool e
usam esses combustíveis para rodar, nós nos abastecemos com gordura e a
armazenamos, tirando dela a nossa energia", explica o endocrinologista
Marcio Mancini, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade.
"Daí, existem os carrões com motores potentes e grandes consumidores de
combustível (esses são os ‘magros de ruim’) e os carros com motor de 1 000
cilindradas (esses são as pessoas com dificuldade para perder quilos)",
completa.
O que fazer para ser um
Land Rover e não um Uno Mille? Bem, a chance é grande de que você já nasça como
um ou como outro. Estudos com gêmeos têm mostrado que a genética contribui com
nosso peso corporal em 40 a 70%. Genes da obesidade têm sido identificados, o
que mostra que alguns corpos já viriam programados para gastar mais fazendo as
mesmas coisas. Seguindo na analogia, se seu corpo é um 4x4, você terá direito a
comer mais - ou ser abastecido mais frequentemente.
E tem mais: os magros
de ruim talvez sejam uma (invejada) minoria porque a seleção natural favoreceu
o seu oposto, a eficiência energética. Com os grandes períodos de fome que a
humanidade enfrentou, sobreviveram principalmente as pessoas poupadoras de
reservas e as ávidas por comida. É isso: da próxima vez que encontrar algum
magrinho mandando ver no brigadeiro, pare e pense: "Coitado, não guarda
uma energia!"
Superinteressante
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