Um estudo revelou que
pessoas com anemia, uma condição em que o indivíduo tem níveis mais baixos de
glóbulos vermelhos do que o normal, têm uma maior probabilidade de desenvolver
demência.
A causa mais comum de
anemia, além de perda de sangue, é a deficiência de ferro. Para evitar a
anemia, recomenda-se a ingestão de alimentos ricos em ferro, como fígado,
carne, feijão e nozes.
Mais de 2.500 pessoas
com idade entre 70 e 79 anos participaram por 11 anos do estudo, em que foram
feitos testes para anemia e testes de memória e raciocínio. No início do
estudo, 393 pessoas tinham anemia e, por fim, 447 tinham desenvolvido demência.
Aqueles que tinham anemia no início do estudo tinham uma quase 41% maior risco
de desenvolver demência do que aqueles que não estavam anêmicos.
- A anemia é comum em
idosos e ocorre em até 23 % dos adultos com idades entre 65 e mais velhos. A
condição também foi ligada, de acordo com estudos, a um risco aumentado de
morte antecipada - disse Kristine Yaffe, autora da pesquisa pela Universidade
da Califórnia, em São Francisco, ao jornal britânico “The Telegraph“.
Das 393 pessoas com
anemia, 89 pessoas, ou 23%, demência desenvolvido, em comparação com 366 das
2.159 pessoas que não tinham anemia, ou 17%. O estudo foi publicado na revista
“Neurology”.
Kristine disse que há
várias explicações possíveis para a ligação entre anemia e demência:
- Por exemplo, a anemia
pode ser um marcador para a saúde debilitada em geral, outra possibilidade são
os baixos os níveis de oxigênio resultantes da anemia. Reduções de oxigênio
para o cérebro têm sido associadas à redução da memória e de habilidades de
pensamento, além de contribuir para danificar os neurônios.
Fonte: O Globo
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