Por Luciano Ribeiro
Enquanto o Ministério
da Educação defende uma redução da grade de disciplinas no ensino médio,
congressistas apresentam propostas para incluir novas matérias ou conteúdos em sala
de aula.
Somente na comissão de
educação da Câmara dos Deputados, 31 projetos foram apresentados nos últimos
cinco anos com sugestões de mudança no currículo.
Alguns projetos sugerem
estender para uma outra etapa do ensino conteúdos já previstos nas diretrizes
definidas pelo CNE (Conselho Nacional de Educação).
É o caso de proposta
que obriga o ensino do espanhol na rede pública desde o 1º ano do ensino
fundamental.
Hoje, o curso de
espanhol é uma das opções para a escola, que deve inserir o ensino de pelo
menos uma língua estrangeira a partir do 6º ano do fundamental --quando o aluno
tem cerca de 11 anos.
NOVOS
CURSOS
Outros projetos criam
novas disciplinas ou conteúdos --como aquele que defende a matéria
"Introdução ao Direito" no ensino médio ou de "Leitura e
Educação para as Mídias" no ensino médio e parte do fundamental.
"Na era da
midiatização, a maioria das crianças e dos jovens gasta entre 8 e 10 horas por
dia consumindo mídias, ou seja, o dobro do tempo que ficam na escola",
questiona no texto o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autor do projeto.
"Afinal, quem mais influencia essas crianças e jovens, a escola ou a
Mídia?"
Educadores
criticam as propostas do Legislativo.
"Do jeito que o
Congresso Nacional vai, não há carga horária que dê conta. A cada lobby você
aprova uma inclusão", critica Daniel Cara.
Hoje há uma tendência
de que os estudantes fiquem nas escolas por mais tempo. Também por isso é
necessário rever as disciplinas e suas cargas horárias.
Fonte: Uol
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