Por Luciano Ribeiro
A temporada de
divulgação dos balanços das empresas relativos ao primeiro semestre começou e
mais uma vez os lucros bancários chamam a atenção. As três maiores instituições
privadas - Itaú, Bradesco e Santander - já ganharam juntas 15 bilhões de reais,
valor 50% acima do recente corte de gastos anunciado pelo governo. O volume de
crédito no País atinge níveis recordes, de 55% do PIB, e explica parte dos
lucros. Mas o juro cobrado dos clientes continua o grande responsável pela boa
vida do sistema financeiro – e um entrave ao desenvolvimento econômico
brasileiro.
A taxa média exigida
das pessoas físicas está em 24% ao ano e a das empresas, em 14%, segundo dados
divulgados na semana passada pelo Banco Central (BC). As cifras resultam de uma
pesquisa ampla feita mensalmente com todas as instituições financeiras atuantes
no País. Mas este poder do BC de monitorar todo o sistema mascara a gula dos
grandes bancos.
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