Por Luciano Ribeiro
Os fenícios, mas não se
sabe muito bem por quê. Provavelmente, as letras foram colocadas em seqüência
aleatoriamente. O que se sabe é que o povo que habitou a região onde atualmente
fica o Líbano, entre os anos 1400 e 1000 a.C., criou uma série de símbolos
muito parecidos com os que usamos hoje, inspirados na escrita egípcia, cujas
letras (ou ícones) representavam uma idéia. A grande inovação dos fenícios foi
fazer cada símbolo equivaler a um som, relacionando o formato do símbolo a um
objeto, um lugar ou um animal ao qual se expressavam usando determinado som (ou
grunhido). Veja, por exemplo, como surgiu a letra A. A base para a criação dela
foi o hieróglifo egípcio que representava "boi", cujo formato
lembrava a cabeça do animal. Os fenícios criaram um ícone bem parecido para
representar o som da primeira sílaba de aleph ("boi", em fenício).
Portanto, sempre que aparecia esse som em uma palavra, o tal ícone era usado.
Assim surgiu o alfabeto fenício, que serviu como base para a maioria dos
alfabetos atuais, inclusive o nosso. Como? O fenício inspirou o grego, que por
sua vez inspirou o etrusco, que, enfim, originou o romano (ou latino), que é
esse que você está lendo. A ordem das letras não mudou, mas novos símbolos
surgiram, mesmo depois da criação do alfabeto romano - que nasceu há cerca de 2
700 anos. A princípio, os romanos tinham 21 letras. O U cumpria a função de V,
W e U mesmo, enquanto o I fazia a função de I e de J. E assim foi o nosso
alfabeto até o século 16, quando o lógico francês Pierre Ramée criou as novas
letras. Quem sabe no futuro criaremos novas letras para representar SS, RR, LH
ou NH?! O alfabeto, assim como a língua, vive em constante evolução.
Fonte: Mundo Estranho
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