Porém, o nome civil do aluno, o que está no RG, constará em documentações para usos externos, como transferência e histórico escolar. Conforme a superintendente da educação básica, Amelia Maraux, as escolas também serão obrigadas a desenvolver projetos de combate à homofobia nas instituições. A resolução vale para escolas das redes municipais, estadual, particular e também para o nível superior.
Com esta notícia, Milena retomou as esperanças de voltar a estudar e recuperar o tempo perdido. O presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, comemorou a determinação do conselho da Secretaria de Educação e disse que estava na hora disso acontecer. “As mulheres transexuais vivem numa sociedade e, por isso, têm o direito de escolher o seu estilo de vida e ter uma identidade por meio do chamamento do nome que mais lhes agrada. O desrespeito a isso causa sérios transtornos psicológicos nessas pessoas”, reforçou.
Amelia Maraux disse que essa adoção do nome social já vem sendo realizado em vários estados, objetivando o reconhecimento do nome social dos indivíduos excluídos das escolas. “Existia uma discussão em torno desse assunto e agora será adotado na prática, nas instituições de ensino. O objetivo é fazer com que essas pessoas sejam reconhecidas dentro das escolas, respeitadas e que possam voltar a estudar, já que muitos, por sentirem o desrespeito, abandonaram os estudos”, confirmou Maraux.
Na prática, conforme a superintendente da educação básica, não existe mudança no código, mas as instituições passarão por vários seminários e debates para se adequar a essa mudança. Para a escola estadual Senhor do Bonfim, no bairro dos Barris, o nome social já vinha sendo usando na instituição desde 2009. Ano passado, a escola tinha seis alunas transexuais. Para uma melhor aceitação dos professores e alunos, a diretora Andreia Sarraf ressaltou que seminários sobre transfobia são realizados na instituição.
Tribuna da Bahia
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