Por Stella Rios
O Afoxé Filhos de Gandhy realizou nesta terça-feira, às 10h, missa comemorativa aos seus 65 anos. A celebração foi realizada na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Largo do Pelourinho, e depois da celebração será oferecido um almoço para convidados, imprensa e contribuintes da Associação Cultural Recreativa e Carnavalesca Filhos de Gandhy, na sede do afoxé, no Centro Histórico.
Entre as novidades está a parceria com o Instituto Antônio Carlos Magalhães (ACM), onde crianças irão participar de uma oficina de percussão e estarão no bloco, e a nova roupagem da banda. “Mudou, mas sem deixar sua essência”, explica Souza, acrescentando que, “somos uma nação que brilha na avenida e traz na sua mensagem o jeito simples de desejar um Carnaval de paz para o mundo, somos a nação que enche os olhos dos baianos, do povo brasileiro e dos turistas com sua beleza simples de admirar, somos a nação que encanta homens, mulheres, idosos e crianças. Um universo de pura beleza, magicamente ilustrado no maior Carnaval do mundo, basicamente um orgulho em fazer parte dessa grande família”.
O Bloco
A sugestão foi logo aceita entre os vários colegas da estiva como Hermes Agostinho dos Santos, o Soldado, Manoel José dos Santos, Guarda-Sol, Almir Passos Fialho, o Mica, e muitos outros que participaram da fundação do bloco Filhos de Gandhy. No primeiro dia, saíram apenas 36 participantes apesar de ter mais de 100 inscritos. Para evitar represálias, o fundador Almir Fia lho deu a ideia para mudar a grafia do nome Gandi, inserindo as letras “dh” e trocou o “i” por “y”, ficando Gandhy.
Desde a época de sua fundação até os dias atuais, o Afoxé, pioneiro da paz e com estilo próprio não parou de crescer. A ideia de expansão não agradou a todos porque apesar de ter sido fundado por estivadores, a partir de 1951, o bloco passou a admitir trabalhadores de outras classes. E, hoje, praticamente eles formam a minoria.
Marchinhas
O Filhos de Gandhy, nos primeiros anos, saiu cantando marchinhas até se dedicar especialmente ao ijexá, (inclusive compondo suas próprias canções). Enfrentou problemas nos anos de 1974 e 1975, quando não desfilou no carnaval, um golpe muito duro para os sócios, após 25 anos de desfile ininterruptos e marcados por glórias e vitórias.
A Associação Cultural, Recreativa e Carnavalesca Filhos de Gandhy, tem sua sede no Pelourinho, doada pelo governo do Estado em 1983, onde funciona o ano inteiro a administração, quadra de ensaios, buscando na sua pluralidade sócio-cultural desenvolver diversas atividades tendo como missão, através do entretenimento e respeito pela tradição, pregar a paz e abrigar em seu ambiente pessoas de todos os credos, condições sociais e etnias e sendo ponto de parada de turistas de todo o mundo que visitam o Centro Histórico de Salvador
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