O distúrbio está ligado à menor produção de substâncias como
serotonina e endorfina. Elas facilitam a comunicação entre neurônios e
influenciam diretamente na sensação de bem-estar. Mas o que desencadeia esse
processo ainda não foi definido com precisão pela ciência. Há vários motivos,
como uma doença, um forte sentimento de perda ou até fatores genéticos. Segundo
dados de 2012 da Organização Mundial da Saúde, 5% da população global sofre de
depressão. E, até 2030, ela deve se tornar a doença mais comum do mundo.
Tristeza na cabeça
Neurônios do depressivo têm dificuldade de se comunicar
A ponte caiu
A comunicação neuronal ocorre quando um impulso elétrico
passa entre os neurônios. Entre eles, há um espaço que precisa ser vencido: a
fenda sináptica. É aí que entram os neurotransmissores, liberados pela célula
que quer "enviar" a mensagem. Eles reagem com os receptores da célula
seguinte, formando uma espécie de ponte
Mão de obra em falta
O depressivo produz menos neurotransmissores. Isso dificulta
a comunicação e gera a sensação de desânimo. Para piorar, alguns dos
neurotransmissores são reabsorvidos pelo neurônio que os enviou, antes de se
conectarem com o neurônio seguinte. Assim, o nível dessas substâncias vai
caindo e a pessoa fica mais depressiva
Mutirão da saúde
O tratamento é feito com medicamento e terapia. O remédio
bloqueia a reabsorção. Assim, os neurotransmissores remanescentes são mantidos
na fenda sináptica, tentando maximizar a comunicação. O acompanhamento
psicológico ajuda a descobrir onde está a causa externa do problema,
resolvendo-o antes que se crie uma dependência do remédio
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