Por Luciano Ribeiro
O álcool se
espalha por várias partes do corpo, via corrente sanguínea, causando uma
bagunça generalizada no dia seguinte à bebedeira. Embora a ressaca ataque mais
forte quanto mais se bebe, nem todo mundo sente os mesmos sintomas na mesma
intensidade - estudos do Centro de Pesquisas Ernest Gallo, na Califórnia,
sugerem até que haja um gene capaz de determinar a resistência das pessoas ao
álcool. Dentre as receitas populares para evitar ou remediar a ressaca, o único
consenso entre médicos e pesquisadores é o de que tomar muita água antes,
durante e depois de beber evita a desidratação, um dos piores sintomas da
ressaca.
DESCE
MACIO E DESANIMA
Sintomas da ressaca se
manifestam dos rins à cabeça
BARRIGA
D'ÁGUA
Quando o álcool é
absorvido pelas células da parede intestinal, acaba atrapalhando a absorção de
água. O resultado é que as fezes ficam diluídas, provocando uma baita diarreia.
Como a água passa direto pelo intestino, o organismo perde muito líquido e fica
desidratado
ATÉ
CAIR
Região atacada pelo
álcool, o cerebelo é a parte do cérebro responsável pela coordenação motora. Os
efeitos mais comuns dessa desregulagem são as mãos trêmulas no dia seguinte. Em
casos extremos, pode rolar desequilíbrio e quedas, além de tremor por todo o
corpo
TANTAS
EMOÇÕES
Ansiedade e depressão
podem ser estimuladas pela falta de bebida. Funciona mais ou menos assim:
primeiro, o álcool excita neurotransmissores no sistema límbico. Quando o
cérebro sente falta da bebida, porém, acentua reações emocionais que a pessoa
manteria sob controle em condições normais
LUZ
ALTA
Neurotransmissores que
captam estímulos como luminosidade e sons são inibidos pelo álcool. Quando o
efeito passa, porém, ficam superestimulados, e qualquer barulho ou luz os
sobrecarrega. Além disso, as pupilas, dilatadas, não regulam a entrada de luz
BOTA
FORA
O álcool estimula a
produção exagerada de suco gástrico, irritando as paredes do estômago - daí
para o vômito é questão de pouco tempo. Quando o que entrou sai pela boca,
irrita o esôfago pelo caminho. Embora não funcione, muita gente força o vômito
para tentar eliminar o álcool ingerido
DOA
A QUEM DOER
A pressão aumenta para
bombear o sangue mais grosso pela desidratação. Artérias dobram de espessura e
causam a dor em quem sofre de enxaqueca. A dor também pode vir por outro
motivo: irrigados pela alta pressão, os músculos ao redor do crânio o comprimem
MOLE,
MOLE
A fadiga da manhã
seguinte é causada, em parte, porque durante a bebedeira o álcool inibe um
estimulante natural do organismo: a glutamina. Quando o efeito do álcool
diminui, o corpo produz muita glutamina para compensar. Isso agita o cérebro e
impede que o sono seja profundo e reparador
NA
SECA
O álcool tem função
diurética, ou seja, estimula a expulsão de água do corpo, via urina, mesmo que
haja pouca água no sangue. Isso ocorre porque ele inibe a ação do hormônio ADH,
antidiurético que regula o nível de água na corrente sanguínea. Taí a origem da
desidratação
25% do álcool ingerido
é absorvido rapidamente pelo estômago. O restante segue para o intestino, onde
será capturado em até uma hora
Embora não seja
aconselhável beber de estômago vazio, nada comprova que "forrar" o
estômago com azeite e outras gorduras diminui a absorção de álcool ou evita a
ressaca.
Fonte: Mundo Estranho
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