Por Luciano Ribeiro
Muito já se escreveu sobre a forma como a grandes empresas farmacêuticas gastam milhões de euros por ano, em avenças a médicos para promoverem os seus medicamentos. Os medicamentos que curam não são rentáveis e, portanto, não são desenvolvidos por empresas farmacêuticas que, em troca, desenvolvem medicamentos cronificadores que sejam consumidos de forma serializada.
Muito já se escreveu sobre a forma como a grandes empresas farmacêuticas gastam milhões de euros por ano, em avenças a médicos para promoverem os seus medicamentos. Os medicamentos que curam não são rentáveis e, portanto, não são desenvolvidos por empresas farmacêuticas que, em troca, desenvolvem medicamentos cronificadores que sejam consumidos de forma serializada.
A lógica que está por detrás
disto é que medicamentos que poderiam curar uma doença não sejam investigados.
E pergunta-se até que ponto é válido e ético que a indústria da saúde se reja
pelos mesmos valores e princípios que o mercado capitalista, que se assemelha
aos negócios dos grupos mafiosos.
Penso que a investigação sobre a
saúde humana não pode depender apenas da sua rentabilidade. O que é bom para os
dividendos das empresas nem sempre é bom para as pessoas. A indústria
farmacêutica quer servir os mercados de capitais, mas nós estamos a falar sobre
a nossa saúde, as nossas vidas, as dos nossos filhos e as de milhões de seres
humanos.
O grave problema é que as
empresas farmacêuticas muitas vezes não estão tão interessadas em curar as
pessoas como em sacar-lhes dinheiro e, por isso, a investigação, de repente, é
desviada para a descoberta de medicamentos que não curam totalmente, mas que
tornam crónica a doença e fazem sentir uma melhoria que desaparece quando se
deixa de tomar a medicação. A dependência é o objetivo.
Mas por que razão as instituições
governamentais não conseguem intervir nesta situação. A verdade é que no nosso
sistema, os políticos são meros funcionários dos grandes capitais, que investem
o que for preciso para que os seus boys sejam eleitos e, se não forem, compram
os eleitos. Ao capital só interessa multiplicar-se. Quase todos os políticos
dependem descaradamente dessas multinacionais farmacêuticas que financiam as
suas campanhas. Custa a acreditar que a nossa saúde seja tratada desta forma,
mas é nesta dura e crua realidade em que vivemos.
mundocontramao
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